Em uma decisão unânime, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de Joilson James Queiroz, sentenciado a 46 anos de prisão pela participação na “Chacina da Fazenda São João”, ocorrida em 2004 no município de Santo Antônio do Leverger, Mato Grosso. A decisão foi proferida pela ministra Daniela Teixeira e publicada nesta segunda-feira (21) no Diário de Justiça Eletrônico.
Os assassinatos ocorreram na fazenda de João Arcanjo Ribeiro, ex-bicheiro, durante uma suposta tentativa de invasão por quatro pescadores, que acabaram brutalmente executados. Segundo as investigações, Joilson teria agido a mando de Arcanjo, o que resultou em sua condenação por triplo homicídio qualificado. A chacina chocou a comunidade local e tornou-se um caso emblemático pela crueldade das mortes.
Os advogados de defesa tentaram reverter a prisão preventiva, alegando falta de fundamentos sólidos que justificassem a manutenção da detenção de Joilson. Eles solicitaram que o réu aguardasse o julgamento em liberdade. No entanto, o STJ considerou a gravidade dos crimes e a prolongada fuga do acusado, que permaneceu foragido por mais de 17 anos.
A ministra Daniela Teixeira destacou que a fuga e a brutalidade da chacina indicam a periculosidade do réu, justificando a necessidade de mantê-lo preso. Além disso, foi enfatizado que a liberdade de Joilson colocaria em risco a ordem pública e a efetiva aplicação da lei penal.
Com a rejeição do recurso, Joilson James Queiroz continuará a cumprir sua pena em regime fechado, em decorrência dos crimes praticados na fazenda de João Arcanjo Ribeiro, garantindo a justiça pelas vidas perdidas naquela tragédia.